Já ouviu o termo canelite por aí?

Este termo popular se refere a dor presente no osso da perna logo abaixo do  joelho, a tíbia.

Na área da saúde é conhecida como síndrome do estresse tibial e está frequentemente relacionada com atletas como  corredores, dançarinos, recrutas militares entre outros.

Isto ocorre principalmente com alterações de rotina de treinamento, mudanças intensas de  intensidade e carga de treino, acabam forçando músculos e tendões,  que sobrecarregados, acabam  não  absorvendo  a carga imposta no  esporte, gerando uma carga excessiva e danosa ao tecido ósseo da tíbia.

A maioria dos casos pode ser tratada com repouso, gelo e outras medidas de autocuidado. Usar calçados adequados a partir de uma análise de sua pisada e corrida e modificar sua rotina de exercícios pode ajudar a evitar que o quadro se repita.

Sintomas: 

Alteração de sensibilidade local, dor ou dor ao longo do lado interno da tíbia e leve inchaço na perna. No início, a dor pode parar quando você parar de se exercitar. Eventualmente, no entanto, a dor pode ser contínua e pode progredir para uma reação de estresse ou fratura por estresse. O que poderá exigir mais repouso e prejuízos a sua prática esportiva.

Causas: 

Causa primária da canelite está intimamente relacionada com  alterações  bruscas no treinamento ou esforço repetitivo por tempo prolongado, levando estruturas musculares, tendíneas  e ósseas ao estresse tecidual, causando  micro inflamações.

Fatores de risco: 

– Corredores iniciantes,  principalmente aqueles sedentários e sem orientação.

– Mudança repentinas na intensidade e frequência  de treino sem uma programação.

– Treinos intensos em superfícies irregulares e muito duras.

– Alterações importantes no arco do pé. Por exemplo, pé  plano, conhecido com pé “chato”.

Prevenção: 

– Para corredores, o ideal é realizar uma avaliação da corrida, identificar padrões  e assim realizar uma abordagem direta e personalizada.  Em alguns casos uma pequena mudança na corrida pode  ajudar bastante.

–  Evite exageros: Correr demais, treinar demais e realizar muitas provas em um curto período pode sobrecarregar seu corpo. Tenha em mente  equilíbrio e busque por  orientação profissional.

– Use Calçados adequados: se você corre, troque seu tênis com regularidade, em  média um tênis dura entre 550 a 700km.  Uma baropodometria (análise da pisada), pode te ajudar a  escolher o melhor calçado.

–  Para aqueles que possuem alterações nos pés,  uma palmilha personalizada ou um suporte para o arco plantar pode ajudar. Existem muitas opções no mercado, através da avaliação da pisada  (baropodometria) e da ajuda do seu fisioterapeuta é possível  achar  a melhor opção para o seu caso.

– Realize progressões graduais em seu plano  de  treinamento,  intercale treinos intensos com treinos mais leves e de baixo impacto (bicicleta por exemplo).

–  Exercícios para fortalecer e estabilizar suas pernas, tornozelos, quadris e tronco podem ajudar a preparar suas pernas para lidar com esportes de alto impacto.

Tratamento:

 O tratamento é conservador.  Uso de algum analgésico e anti-inflamatório por curto período, repouso, em alguns casos, retirada total do impacto e fisioterapia.  A reabilitação será inicialmente  com foco em diminuir a dor, liberar músculos tensos e encurtados e  trabalhar a estabilização dinâmica  do membro inferior.

Referências bibliográficas:

Lesões nos esportes.  Moises  Cohen. 2 edição. 

 

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